terça-feira, 27 de julho de 2010

"Há Sempre um Eléctrico que Espera por Mim" com Maria João Careto


Este ano pude fazer algo que já há muito desejava: prestar uma humilde homenagem ao meu avô, que tão importante foi e, felizmente ainda É, na minha vida.

Isso foi possível com a escrita deste argumento, destinado ao número seis da Colecção Toupeira, publicada pela Bedeteca de Beja. Colaborei com a ilustradora Maria João Careto, com quem já tinha feito "A Mulher do Manto Branco" para a Zona Negra, mas pode dizer-se que este desafio é bem mais ambicioso.

Primeiro é uma história de 16 pranchas. De longe, a maior que já escrevi até à data (entretanto já superei essa barreira mas sobre isso falarei no Futuro)! Consiste numa colagem de memórias do meu avó, todas elas passadas no período pré-25 de Abril, com algumas transições no tempo que podem levar à necessidade de uma segunda leitura para não deixar escapar nenhum pormenor. Não me apeteceu datar as transições... se não o fazem no cinema porque havemos nós de o fazer na BD? Gosto da ambiguidade que a narrativa por vezes pode assumir, mesmo que isso implique que o leitor se possa sentir algo perdido de quando em vez. No meu entender, a história até ganha com isso. Para o fio condutor, uma base ficcional, inspirei-me na música "E Depois do Adeus" de Paulo de Carvalho, não só pela importância que teve no arranque das operações que viriam a mudar o país para sempre mas também pela emocionante mensagem que me ajudou a explorar os sentimentos das personagens.

O livro é bastante acessível e pode ser adquirido através deste link, para quem tiver interesse.



5 comentários:

Vânia Duarte disse...

é empolgante a ideia de homenagear alguém importante na tua vida, acima de tudo quando ainda está vivo e lhe podes realmente mostrar a importância que ele teve e têm no teu crescimento pessoal e profissional. A maioria, adora homenagens quando as pessoas já cá não estão, fica sempre bem no postal para quem vê, mas no fundo não passa de um acto de consciencia pesada, de só se dar valor quando já não se tem. Há muito comodismo nas demonstrações de afecto!!

aplaudo a ideia:-)

Vânia Duarte disse...

é empolgante a ideia de homenagear alguém importante na tua vida, acima de tudo quando ainda está vivo e lhe podes realmente mostrar a importância que ele teve e têm no teu crescimento pessoal e profissional. A maioria, adora homenagens quando as pessoas já cá não estão, fica sempre bem no postal para quem vê, mas no fundo não passa de um acto de consciencia pesada, de só se dar valor quando já não se tem. Há muito comodismo nas demonstrações de afecto!!

aplaudo a ideia:-)

André Oliveira disse...

Sim, tive sorte de ter tido esta oportunidade. E ele ficou feliz, o que foi muito importante. :D

j.ortega disse...

Wow... muito bom o artwork! e é uma grande homenagem.
Eu estou agora a começar na BD, gostava bastante que me desses uma dicas, se tiveres tempo passa no meu blog sfv.

Continua o bom trabalho!

André Oliveira disse...

Hey Ortega, desculpa só agora publicar o teu comentário mas estive de férias e só hoje estou a começar a regressar ao mundo real. Estive a ver o teu blogue por alto e acho que o teu trabalho tem potencial. As portas da Zona estão abertas às tuas propostas, se quiseres. Se te apetecer perguntar alguma coisa ou se te puder dar uma opinião mais específica a alguma(s) prancha(s) que tenhas feito, envia-me um mail ok? Mesmo que me demore um pouco eu respondo. Abraço e obrigado.